maio 22, 2009

ARTE DECO

Art déco

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Art Déco, Chrysler Building, Nova Iorque, construído em 1928/1930 pelo arquitecto William Van Alen

Art Déco foi um movimento popular internacional de design de 1925 até 1939, que afectou as artes decorativas, a arquitectura, design interior e desenho industrial, assim como as artes visuais, a moda, a pintura, as artes gráficas e cinema. Este movimento foi, de certa forma, uma mistura de vários estilos (Electismo) e movimentos do início do século XX, incluindo Construtivismo, Cubismo, Modernismo, Bauhaus, Art Nouveau e Futurismo. A sua popularidade na Europa foi durante os picos dos loucos anos 20 e continuou fortemente nos Estados Unidos através da década de 30. Embora muitos movimentos de design tivessem raízes em intenções filosóficas ou políticas, a Art Déco foi meramente decorativa. Na altura, este foi visto como estilo elegante, funcional e ultra moderno. Representa a adaptação pela sociedade em geral dos princípios do cubismo. Edifícios, esculturas, jóias, luminárias e móveis são geometrizados. Sem abrir mão do requinte, os objectos têm decoração moderna, mesmo quando feitos com bases simples, como concreto (betão) armado e compensado de madeira, ganham ornamentos de bronze, mármore, prata, marfim e outros materiais nobres. Diferentemente da Art Nouveau, mais rebuscada, a Arte Déco tem mais simplicidade de estilo.

Índice

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[editar] Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes

O estilo deve o seu nome à Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas (em francês: Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes), realizada em Paris, em 1925. Na mostra, nus femininos, animais e folhagens são apresentados em cores discretas, traços sintéticos, formas estilizadas ou geométricas. Muitas peças exibem marcas de civilizações antigas. É o caso de uma escrivaninha de madeira laqueada, marfim e metal que reproduz um templo asteca.

[editar] Design industrial

Design Indústrial, Art Déco, Maurice Ascalon, Pal-Bell, 1939 - 1950.

Ao lado de objectos industrializados, há peças feitas artesanalmente em número limitado de cópias. Ao contrário do design criado pela Bauhaus, na Art Déco não há exigência de funcionalidade. A Art Déco pode ser visto como uma tentativa de modernizar a Art Nouveau.

O uso de materiais menos nobres – como o baquelite, concreto (betão) armado, compensado de madeira e aço tubular – e o início da produção em série contribuem para baixar o preço unitário das obras. É o caso das luminárias de vidro com esculturas de bronze criadas pelo francês René Lalique (1860-1945), vendidas em grandes lojas. Antes, designer de jóias do estilo Art Nouveau, ele foi um dos grandes expoentes da Art Déco.

A Art Déco possui, nos Estados Unidos da América, duas fases formais distintas: na primeira procurou-se inspiração nas máquinas e formas industrias; na segunda seguiu-se o estilo Hollywood de inspiração nos figurinos e cenários dos filmes.

Nova Iorque vista do Rockefeller Center. Arquitectura Art Déco.

[editar] Arquitectura

Na arquitetura Art Déco, as fachadas têm rigor geométrico e ritmo linear, com fortes elementos decorativos em materiais nobres. Dois exemplos são o Empire State Building e o Chrysler Building.

Destaca-se o uso do concreto (betão) armado, das esculturas com forma de animais, o uso dos tons de rosa e a geometrização das formas. Também pode-se destacar o uso do plástico como elemento estrutural e a pelúcia, muito utilizada como forro para as paredes internas de grandes salões.

[editar] Influência da Art Déco

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) a Art Déco sai de moda no Ocidente, e se populariza na Coréia do Sul, Vietname e na China pré-comunista, mas, no fim da década de 60, colecionadores do mundo inteiro voltaram-se a interessar pelo estilo. Rockefeller Center, em Nova York.

[editar] Principais nomes ligados a corrente

[editar] No Brasil

Estação ferroviária em Goiânia, construída em art decó.
Coreto da Praça Cívica em Goiânia.

No Brasil, o estilo influenciou artistas como o escultor Vítor Brecheret (1894-1955), o pintor Vicente do Rego Monteiro (1899-1970), entre outros. Uma obra de Brecheret em estilo Art Déco é o Monumento às Bandeiras, em São Paulo. O edifício-sede da Biblioteca Mário de Andrade e o Estádio do Pacaembu, ambos também em São Paulo, são dois grandes marcos arquitetônicos do estilo na cidade. Outro belo exemplar da Art Déco na capital paulista situa-se na rua Domingos de Morais.

Foi a Art Déco que inspirou os primeiros prédios de Goiânia, nova capital de Goiás, projetada em 1933 por Atílio Correa Lima, cujo acervo arquitetônico é considerado um dos mais significativos do país. Alguns dos exemplos mais significativo da Art Déco no Brasil são a Torre do Relógio da Central do Brasil e o Cristo Redentor no Rio de Janeiro.

A arquitetura Art Déco está espalhada por todo o país, mas o principal acervo Art Déco brasileiro concentra-se em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia. Há ainda importantes exemplos como Campo Grande (com a obra do arquiteto Frederico Urlass) ou Juiz de Fora, MG (nos projetos do arquiteto Raphael Arcuri), entre vários outros.

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